2 de outubro de 2012

Admirável bit novo!




Que a Física Quântica não é novidade nos canais informais de informação, é fato. Para diversão pessoal de Einstein, mas não de Planck, a Quântica, hoje, virou produto de consumo hipster. Está nas Redes, está em banners, está em memes. Ainda assim, não deixa de surpreender - e deve, assim dizia Feymann ao bom entendedor. 

Uma dessas maravilhas tão solenemente aguardada por "hipsters da Quântica", recebeu o título de Computador Quântico. O que parecia saído de um dos contos de ficção científica de Isaac Asimov ou de um filme de Kubrick está mais próximo da nossa realidade. A última admirável proeza dos "Mochileiros da Física" envolve eletrônica molecular e 'Spintrônica' - técnica utilizada por empresas especializadas na produção de aparelhos informáticos -, e consistiu em gravar 1 bit em apenas 1 átomo de ferro - este "revestido" por um escudo de 50 átomos, para proteção do núcleo.


Em 1965, Gordon Moore, fundador da Intel, percebeu que a cada 24 meses os microprocessadores dobravam não só a velocidade de processamento de informação como o número de transistores, fazendo com que o número de átomos de um bit de informação também diminuísse. Esse teria sido o primeiro "santo quântico" para o que, hoje, representa a perspectiva da "quantificação" da informação.




O feito ocorreu na Universidade de Chiba, no Japão, em parceria com o Instituto Tecnológico Karlsruhe, na Alemanha, e reproduzido por pesquisadores da Austrália e do Reino Unido, que conseguiram criar 1 bit de informação com 1 único átomo, algo essencial para o desenvolvimento dos “computadores do futuro”. 

Na prática, o que isso representa? Basicamente, o aumento exponencial da capacidade de armazenamento das informações e da velocidade de seu processamento. Isso graças à substituição de transistores e eletrodos (partes integrantes de um chip, onde um transistor corresponde a um bit de informação, deduzindo-se daí que quanto mais transistores embutidos em chips de silício, maior capacidade de armazenamento) por átomos, cada um equivalendo a fragmentos de informação batizados de qubits (bits quânticos).

O desenvolvimento do computador quântico, ainda num futuro incerto, tornará viável a solução de problemas considerados, hoje, complexos mosaicos da ciência computacional bem como obstáculos ao avanço de importantes pesquisas realizadas no campo das ciências químicas, biológicas e físicas. Também tornará viável a internet baseada na rede quântica, onde a remessa de dados e seu processamento dar-se-á a nível atômico, sem falhas ou interrupções. 

Planck e Einstein a isso perguntam: Futuro, quanto mais para a auto-realização?


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