30 de agosto de 2012

Entre outras mil, és tu Brasil...



... tão politicahumanamente "correto"!

Para alguns, um desabafo melancólico de quem cansou de tentar. Para outros, uma crítica política ao que aí está. Blablaismo chauvinista e pseudo moralista, ou a soma de verdades de uso irrestrito, como carapuça unissex, tamanho único, tendência da moda dos últimos tempos?




A poesia declamada por Rolando Boldrin, na TV Cultura, erroneamente atribuída ao afiado Ruy Barbosa, é de autoria da poeta Cleide Canton (poeta sim, e não poetisa, porque Poeta é 'verbo' sem 'gênero'). Apenas a citação final é de Barbosão. (Aqui, trecho do programa Sr. Brasil, onde Rolando Boldrin corrige a autoria do texto e reprisa a declamação)


"Sinto vergonha de mim! Por ter sido educadora de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.


Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,  simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.


Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar", voltar atrás
e mudar o futuro.


Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo
que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer...


Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.


Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!"
- Cleide Canton



"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".  - Ruy Barbosa -


Ask-me FM 80, a Rádio que não é 8, apresenta...



Lições mesoméricas de V, de Venetta*





Aprendi que, não importa o que pensem e o que digam de você, o que importa é o que você pensa de si mesmo e o que faz a partir disso.

Aprendi que vale a pena tentar, sem medo de errar, a passar a vida sem nunca saber se conseguiria, por medo de falhar. 

Aprendi que ser honesto consigo, com as pessoas e com as circunstâncias que se apresentam tem um preço, e ele tende a ser alto, mas, ainda assim, um preço válido a pagar. 

Aprendi que amar não tem preço, mas tem valor, e que somente os capazes de arriscar todos os seus haveres, de renunciar e sacrificar ao que lhes é mais caro, conseguem alcançar. 

Aprendi que no fundo de cada poço existe uma mola, um trampolim, uma corda, uma colher... com a qual se pode cavar a saída - e um ancião invisível, oculto nas sombras, ensinando o que é preciso para percorrer o caminho de volta. 

Aprendi que o limite de cada queda continua sendo o chão em que se pisa e que, por mais quedas que se leve, sempre é possível erguer-se sobre esse sólido chão que nos sustenta. 

Aprendi que recolher-se no escuro da alma e lá ficar pelo tempo necessário pode parecer, ao mundo, uma total perda de tempo e um sinal de fraqueza, mas representar, para quem interessa, a expansão do universo interior. 

Aprendi que, não importa o quanto lhe apressem, as melhores coisas se fazem quando a alma move de lugar - e ela sempre sabe quando e para onde.

Aprendi que consequências são inevitáveis, assim como as escolhas que levam à elas. 

Aprendi que, fechando so olhos, é possível enxergar as muitas estrelas e mundos dentro de si - e ouvir a música das esferas.

Aprendi que as pressões externas impulsionam a mente para frente e para o alto, quando se enxerga nelas desafios instigantes, não problemas.

Aprendi a aceitar as lágrimas e a dar vazão às gargalhadas.

Aprendi que a música é a melhor amiga do silêncio. 

Aprendi que a imaginação é a parceira mais querida do Conhecimento, e que a Ciência é libertária, sobretudo se acompanhada pela Sabedoria.

Aprendi que há pouco tempo neste espaço para se levar as coisas efêmeras a sério e dedicar às coisas negativas mais atenção que merecem - e que é só o tempo de aprender a contorná-las. 

Aprendi que a única afetação positiva é a de alegria, e que todo o resto não passa de escândalo - e que escândalos me cansam. 

Aprendi que pré-julgar é para os que não sabem conhecer, que julgar é um risco que os sábios costumam evitar, e que compreender costuma ser mais medicinal que condenar.

Aprendi que "basta estar vivo para correr perigo" e que para tudo se deve contar consigo, mas aceitar, agradecido, a solidariedade de quem vem em seu auxílio - e ser solidário em troca, porque tudo no universo é compensação e, das 'moedas de escambo', a solidariedade tem mais valor.

(...) 

Confirmei, enfim, que a aprendizagem vem sempre e quando o Discípulo Interno alcançou o Entendimento imprescindível para ouvir o que a Sabedoria tem a dizer em seu enigmático Silêncio dialogador.


"Uma vez saboreados os segredos, tereis um forte desejo de os compreender"


(*) Coisas que se vê em Atreva-se. Ask me-ish.


26 de agosto de 2012

A resposta é 42!







E no Princípio (que princípio?), havia o Nada (como havia o Nada, posto que nada havia?). Ele (ou ela) não tinha cor (e nem poderia ter, posto que não existia). Se cor tivesse, não poderia ser preta, porque implicaria ser Matéria-Escura, que é supostamente formada por partículas Áxion. As mesmas que seriam expelidas por Buracos Negros. Os mesmos que não poderiam existir no Nada, por ser O Nada. 

Mas, então, do Nada (esse que não emitia Energia, por ser O Nada), alguma coisa energética começou a se formar (como e de onde surgiu?, posto que ali, naquele ponto do Nada, nada, nenhuma sombra de Energia que pudesse existir por si e fazer existir o resto, então existia). 

Essa "coisa energética" sem forma (pois que forma teria?, e quem ou o que e por que a daria?) se formaria "do nada" (posto que nada material, corpóreo ou incorpóreo, tangível ou intangível, programado ou imaginado, ou ninguém havia para dar forma ao que viria), no Nada inexistencial sem cor, pulsação, dimensão, formato, tamanho, massa, profundidade ou volume.

Não havia Matéria-Escura, posto não haver partículas hipotéticas (pois nem o homem existia para pensa-las hipoteticamente) a lhe dar forma, cor e atribuição; não havia qualquer vestígio de massa energética concentrada, Estrelas ou Galáxias que dessem origem a Buracos Negros; não havia Buracos Negros para "processar" a Matéria, posto não haver Energia que lhes impulsionasse e assegurasse a existência. Nada. Nenhum "embrião quântico". Nenhuma Partícula-Deus. Um absoluto e transparente Oco de Nada.

Foi quando Nada podia dar errado (quando como?, posto não haver Tempo-Espaço), que, por "milagre" (como?, de onde?), do Nada o Tudo começou a Ser. Como, quando, por que e para que, somente o Guia do Mochileiro das Galáxias pode responder.


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25 de agosto de 2012

Hakuna Matata!




Um dia desses, numa unidade quântica diferente, o povo brasileiro entendeu e assumiu esta verdade libertária: 

Parlamentares e membros do Executivo são escolhidos pelo povo, logo pertencendo a este. Se pertencem ao povo, suas vidas políticas e seus salários também. Nessa unidade quântica de tempo-espaço, quem determina o valor do salário de seus representantes É O POVO, nunca aqueles a quem o povo concedeu o direito de representa-lo. Como anunciado no Tratado Interdimensional de Etiqueta Parlamentar:

"1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil. 2. O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.


4. Aos Congressistas fica vedado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.
5. O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.

6. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.


7. Exercer um mandato no Congresso é uma honra e uma responsabilidade, não uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.


8. É vedada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública."

Lido e assinado em: peticaopublica.com.br