25 de agosto de 2013

Goodnight Moon


Um restaurante sci-fi do outro lado do universo, bem aqui



Cansado daquele social em Rede? Que tal um passeio pelo universo, a vida e tudo mais, na companhia de Arthur C. Clarke, Carl Sagan e Stephen Hawking? 

O passeio dura aproximadamente 1 hora e, apesar de ter ocorrido em 1988 (sim, você  fará uma viagem no tempo!), é tão atual e instigante quanto uma visita ao Grande Colisor de Hadrons, no CERN (insira aqui ____ sua emoção favorita).

Do Big Bang ao conceito de Deus, vale a pena conferir. Nem que seja para atualizar o seu status na Rede Social com um "Morria e não sabia" ou "Fui, vi e (não) entendi". Peixes e peixas das Redes, com vocês... dois dos maiores expoentes da ciência moderna e o "pai" de 2001: Uma Odisséia no Espaço e de Encontro com Rama, de um jeito que somente os que tem sede de conhecimento imaginam (na versão completa e dividida em partes, para sua comodidade). Voilà!

Deus, O Universo e Todo o Resto (Completo)


 

Deus, O Universo e Todo o Resto (Parte 1)

 

 

Deus, O Universo e Todo o Resto (Parte 2)

 

Deus, O Universo e Todo o Resto (Parte 3)

 


Deus, O Universo e Todo o Resto (Parte 4)


Deus, O Universo e Todo o Resto (Parte 5)


 

Anódinos S.A.



Les Feux de L'envie ou... a inveja é uma merda



Sabe aquela coisa que chamam gentil e carinhosamente de "inveja boa"? Pois bem, não há um sentido-duplo para a inveja: não existe uma "inveja-boa" e nem uma "inveja-má"; inveja é uma coisa só, independentemente de como a interpretemos. A inveja não se é o desejo em si e não se configura apenas pela cobiça violenta pela posse dos outros ou pelo que os outros são, mas pelo desgosto irrefreável pela felicidade do outro, por suas conquistas, quer sejam elas de valor moral, quer sejam de valor material. O fato é que todo invejoso é uma pessoa frustrada em relação a si mesma, e sua amargura é tanta que se projeta através da aversão, do ódio (por vezes, incontrolável) daquele que possui (seja lá o que for) que ela, segundo si própria, não tem.

Por outro lado, bem diferente da inveja é a ADMIRAÇÃO. A admiração, sim, é contemplativa; ela, sim, bebe dos bons fluidos; ela, sim, registra o que é construtivo e o transforma em fonte de inspiração.

Outro sentimento que pode ser confundido com a inveja, mas não é inveja, é a ambição. A ambição se configura como o forte desejo de alcançar um objetivo, de conquistar um objeto, de chegar a um determinado fim considerado superior. É aspirar ter tudo aquilo que se valoriza, seja material ou espiritual.

Já a cobiça, essa sim, é uma faca de gumes, ou melhor, uma balança que, dependendo de qual prato pesar mais, pode pender para o lado construtivo, ou para o lado destrutivo. Isto é, pode transformar-se em impulso realizador, ou em inveja corrosiva. Quando, por exemplo, alguém cobiça ardentemente ser o que outro é, ou cobiça ter o que outro tem, sem, no entanto conseguir, pode acabar desenvolvendo um sensação frustrante de impotência, de insegurança e baixa estima. Ao mesmo tempo em que olha com amargura para a própria impotência, olha para o bem-estar do outro com um gosto cada vez mais amargo na boca. Tais elementos combinados podem acabar minando a fé na própria força interior, abrindo caminho para o germe da inveja, que vai se configurando na medida em que a pessoa passa a nutrir aversão pela felicidade daquele cujo talento ou boa condição material cobiçava alcançar.

Portanto, muito cuidado com a cobiça. Se não for otimizada a tempo em energia criadora-dinamizadora, a cobiça torna-se um perigo. Não é por nada que até mesmo um dos mandamentos judaico-cristãos cite a cobiça com total reservas ("Não cobiçar as coisas alheias"), pois, de fato, ela é paiol para algo extremamente letal: a inveja. Afinal, quantos já não chegaram ao ato-limite de matar o outro por não ter o que ele tem ou para ter o que ele tem?

Querer o próprio bem-estar, sem, com isso, odiar e/ou desejar o mal-estar do próximo, não é inveja, é AMBIÇÃO.

Espelhar-se no próximo, em seu talento, em suas conquistas, em seus méritos, para assim descobrir a própria força interior, essa que impulsiona à auto-realização, não é invejar, é ADMIRAR.

A inveja não é salutar, ela é destrutiva, sem espaço para meio-termos. No seu limite, a inveja torna-se o dínamo a desencadear atos violentos do invejoso contra o "objeto de sua aversão"
(que o diga Abel, assassinado pelo irmão Caim, naquele que, de acordo com o Velho Testamento, fora o primeiro fratricídio... ocasionado pela inveja). Quantas pessoas invejosas não tramam destruir a felicidade de seus "alvos"? Quantas não injuriam, difamam, caluniam e montam verdadeiros ardis para as vítimas de sua inveja? Quantas não desejam, silenciosamente em seus corações, o fracasso, a total ruína, a infelicidade mais profunda para aqueles que são alvo da sua amargura?

Isso, meninos e meninas, é a inveja, e não existe uma versão boa.

Resumo de hoje:

Desejar o próprio bem-estar e batalhar (importante frisar) para consegui-lo (sem, com isso, prejudicar outrem), sim: não há inveja nisso mas impulso transformador. Assim como não há inveja em admirar o talento e as conquistas do próximo. Afinal, só quem traz a Beleza dentro de si é capaz de enxergar Beleza no outro.