16 de agosto de 2012

Julian Assange (WikiLeaks) e sua vitória ao estilo 'Davi versus Golias'




Confirmado, hoje (16/07), pela imprensa, numa transmissão ao vivo da Reuters: Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, recebe ASILO POLÍTICO do Equador, mesmo o país tendo recebido a "ameaça" da Inglaterra de um possível "conflito diplomático" com invasão à embaixada equatoriana. (Ecuador otorga asilo a fundador de Wikileaks Julian Assange)

Com o pronunciamento oficial do governo através de seu Ministro das Relações Exteriores, Ricarno Patiño, sobre a outorga de asilo a Julian Assange, que encontra-se refugiado na Embaixada equatoriana, em Londres, desde 19 de junho a fim de não ser extradido à Suécia, onde é acusado de  agressão sexual, o Equador contraria cada uma das "imposições" e "condições" que o governo britânico lançou à mesa, apoiando-se numa lei interna para invadir a Embaixada a fim de prender Assange. 
Na quarta-feira (15/07), o próprio Ricardo Patiño revelou o conteúdo de uma carta do governo britânico, então divulgada pelo site equatoriano Telegrafo (Caso Assange: leia em português a íntegra da carta recebida pela chancelaria do Equador), onde se diz, com todas as letras que as autoridades equatorianas "devem estar conscientes de que há uma base legal no Reino Unido - a Lei sobre Instalações Diplomáticas e Consulares de 1987 (Diplomatic and Consular Premises Act 1987) — que nos permitiria tomar ações para prender o Sr. Assange nas instalações atuais da embaixada".
No mesmo dia, Patiño enfatizava que "Os locais destinados as missões diplomáticas são invioláveis. Não somos colônia britânica." (Ecuador otorga asilo a fundador de Wikileaks Julian Assange)
Recapitulando a história:

Julian Assange, cujo site WikiLeaks revelou ao mundo detalhes contidos em milhares de informações governamentais confidenciais, foi detido em Londres, em dezembro de 2010, depois que o governo britânico recebeu ordem de extradição das autoridades suecas, que o acusam de ter cometido crimes de agressão sexual. Acusações essas que surgiram tempos depois da publicização dos documentos sigilosos, e que estão até hoje envoltas em dúvida e contradições.
Segundo o próprio Assange,  a extradição oculta a real intenção dos governos aliados aos EUA: voltando à Suécia, suas autoridades entregá-lo-iam ao governo dos EUA, onde é investigado por espionagem após divulgar no WikiLeaks um número considerável de despachos confidenciais do departamento de Estado, incluindo documentos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão. 
Em declaração à imprensa, a mãe de Assange, Christine Assange, dizia temer pela morte ou por possíveis torturas contra o filho, em caso de extradição a Suécia ou aos EUA.
Diante da ameaça à própria integridade física, Assange anunciava, em finais de julho, que desobedeceria ao chamado das autoridades britânicas para se entregar, pedindo salvo-conduto à Embaixada do Equador, em Londres, onde está desde 19 de junho.
E de onde sai hoje ANISTIADO.
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