30 de agosto de 2012

Ask-me FM 80, a Rádio que não é 8, apresenta...



Lições mesoméricas de V, de Venetta*





Aprendi que, não importa o que pensem e o que digam de você, o que importa é o que você pensa de si mesmo e o que faz a partir disso.

Aprendi que vale a pena tentar, sem medo de errar, a passar a vida sem nunca saber se conseguiria, por medo de falhar. 

Aprendi que ser honesto consigo, com as pessoas e com as circunstâncias que se apresentam tem um preço, e ele tende a ser alto, mas, ainda assim, um preço válido a pagar. 

Aprendi que amar não tem preço, mas tem valor, e que somente os capazes de arriscar todos os seus haveres, de renunciar e sacrificar ao que lhes é mais caro, conseguem alcançar. 

Aprendi que no fundo de cada poço existe uma mola, um trampolim, uma corda, uma colher... com a qual se pode cavar a saída - e um ancião invisível, oculto nas sombras, ensinando o que é preciso para percorrer o caminho de volta. 

Aprendi que o limite de cada queda continua sendo o chão em que se pisa e que, por mais quedas que se leve, sempre é possível erguer-se sobre esse sólido chão que nos sustenta. 

Aprendi que recolher-se no escuro da alma e lá ficar pelo tempo necessário pode parecer, ao mundo, uma total perda de tempo e um sinal de fraqueza, mas representar, para quem interessa, a expansão do universo interior. 

Aprendi que, não importa o quanto lhe apressem, as melhores coisas se fazem quando a alma move de lugar - e ela sempre sabe quando e para onde.

Aprendi que consequências são inevitáveis, assim como as escolhas que levam à elas. 

Aprendi que, fechando so olhos, é possível enxergar as muitas estrelas e mundos dentro de si - e ouvir a música das esferas.

Aprendi que as pressões externas impulsionam a mente para frente e para o alto, quando se enxerga nelas desafios instigantes, não problemas.

Aprendi a aceitar as lágrimas e a dar vazão às gargalhadas.

Aprendi que a música é a melhor amiga do silêncio. 

Aprendi que a imaginação é a parceira mais querida do Conhecimento, e que a Ciência é libertária, sobretudo se acompanhada pela Sabedoria.

Aprendi que há pouco tempo neste espaço para se levar as coisas efêmeras a sério e dedicar às coisas negativas mais atenção que merecem - e que é só o tempo de aprender a contorná-las. 

Aprendi que a única afetação positiva é a de alegria, e que todo o resto não passa de escândalo - e que escândalos me cansam. 

Aprendi que pré-julgar é para os que não sabem conhecer, que julgar é um risco que os sábios costumam evitar, e que compreender costuma ser mais medicinal que condenar.

Aprendi que "basta estar vivo para correr perigo" e que para tudo se deve contar consigo, mas aceitar, agradecido, a solidariedade de quem vem em seu auxílio - e ser solidário em troca, porque tudo no universo é compensação e, das 'moedas de escambo', a solidariedade tem mais valor.

(...) 

Confirmei, enfim, que a aprendizagem vem sempre e quando o Discípulo Interno alcançou o Entendimento imprescindível para ouvir o que a Sabedoria tem a dizer em seu enigmático Silêncio dialogador.


"Uma vez saboreados os segredos, tereis um forte desejo de os compreender"


(*) Coisas que se vê em Atreva-se. Ask me-ish.


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