22 de agosto de 2013

ISO, ISO, ISO!




Todos fazemos parte de uma só raça: a humana. Logo, sendo humanos, somos iguais por natureza. Sendo iguais por natureza, por derivação, devemos ser tratados iguais em nossos direitos e deveres. Porém, essa igualdade não é cartesiana, ela é proporcional. Para quem pensa a igualdade 'cartesianamente', os que não possuem algum tipo de vantagem (física, mental, social, etc) são equiparados aos que possuem. É como naquele exemplo em que três pessoas estão de pé, de frente a uma cerca, tentando assistir a um jogo. O primeiro é alto e consegue ver por sobre a cerca, o segundo tem estatura mediana e não visualiza bem e o terceiro, por ser baixo, não enxerga nada. Os que interpretam a igualdade entre os desiguais como algo "linear" (nesses tempos de relatividade, em que a própria linha temporal ganhou curvas atraentes), assumirão como justo dar as três pessoas, três caixotes de mesma altura, onde: quem já é alto, fica maior; quem é mediano, fica alto; e quem é baixo, fica na média. Já os que pensam a igualdade 'proporcionalmente', dirão que a forma mais justa de dar aos desiguais um nivelamento isonômico é dar a cada um o seu equivalente: ao menor deles, a maior elevação; ao mediano, a menor delas; e ao maior, que enxerga por sobre a cerca, nenhuma. Disso se faz a igualdade, de cada parte desigual, como as peças de um quebra-cabeça que, unidas por suas individualidades combinatórias, espelham a isonomia do todo.

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