24 de março de 2013

Strange world forever





Diziam, nos círculos da moda, que a galinha atravessou a rua não apenas para chegar do outro lado, mas para provar ao galo que ela, mesmo sendo fêmea, portanto tida com inferior pela cultura machista, é tão capaz quanto ele de atingir o mesmo objetivo, provando ao macho que há igualdade entre os sexos. 

No último andar do firmamento, um ovo estelar se perguntava onde fora parar a grafia simples do conceito físico-mecânico da galinha atravessando a rua para chegar ao outro lado, porque quis se tornar o centro de uma piada de unidades aristotélicas pueris. E assim, pensava o ovo, foi-se pelo ralo a piada. E a galinha, que poderia ser um galo aviltado em sua masculinidade devido ao excesso de hormônios femininos, que não pediu mas aceitou, desistirá de chegar ao outro lado. Porque viu que tanto lá como cá, a ordem dos fatores não altera a mentalidade. Agora a galinha apenas observa o espaço. Tornou-se astrônoma: fica a contemplar, do deserto que adotou como lar terreno, os muitos sóis e planetas dentro de si.


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