1 de setembro de 2012

Não eram moinhos de vento, eram cabeças de!


Adeus Dom Quixote... siga para longe, mui longe, no seu cavalo, sonhando amores, cantando em verso e prosa mundos novos esquecidos... Bem-vinda Santa Mãe Ignorância, tutora da geração medíocre de humanos, onde a maioria das massas cinzentas adquiriu uma tonalidade marrom, de degeto.


O que a população terrestre vem ingerindo audio-visualmente tem lesado terrivelmente as circunvoluções cerebrais. Além de analfabeto político, sem pensamento crítico e emancipatório, o bicho-homem partícipe da normose dos 'tempos modernos', é, na melhor das hipóteses, um completo alienado. Fato, aliás, bastante conhecido e extenuantemente discutido. E de uns anos para cá além de alienado vem se empenhando em vivenciar os excessos da mediocridade. Programas televisivos de péssima qualidade, a aculturação, a vulgaridade, o pedantismo, a distorção dos valores essenciais da família, da escola, das relações humanas, a banalização de tudo o que há de mais belo e valoroso na natureza humana e na história da humanidade, são algumas das numerosas expressões dessa pobreza de espírito, que afeta o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos indivíduos. O bicho-homem, de uma forma geral, perdeu a chama iluminista de adquirir Conhecimento. É quando Quixote, do alto de sua torre de marfim onírica questiona a Sancho Pança o porquê desta 'humanidade' ainda aferrar-se à prática consuetudinária de investir em livros, se a sua tendência é caminhar, a passos de gigante, rumo à auto-vulgarização e distorção de sua natureza 'pensante'.

Antigamente, queimávamos livros em praça pública, hoje eles já não nos servem como o faziam em tempos transatos e não representam nenhum mal, porque de ultrapassados. A geração anabolizante-siliconada, pseudo-ista, sócio-politicamente apática e mediocramente priapista, precisa apenas consumir seu tempo absorvendo imagens sem questionar, falando demais sem nada dizer, ouvindo absurdos sem responder, vivendo das ilusões provocadas pelo excesso de drogas alucinógenas da fantástica fábrica de mortos-vivos - entorpecimentos criados para os sentidos - e assim livrar-se deste peso-morto-bicho-de-sete-cabeças indesejável chamado 'Cultura-Saber-Educação-Trabalho-Responsabilidade-Conscientização'.

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Ah! Admirável mundo "b (n) o b (v) o"!!


 

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