Esbarrei no curta animado The Backwater Gospel lá pelos idos de 2012, num desses cliques sem pretensão outra exceto a de curiar. E foi uma grata descoberta.
O curta, de terror destilado em humor negro, conta uma história que reprisa uma série de outras protagonizadas pelo homem ao longo de sua estadia na Terra, sobre a morte e restos humanos - especialmente este último, para o bom entendedor. Afinal, a morte, como a vida, vem para todos, é certo que dela ninguém escapa, nem mesmo o Nada que sucumbe à "morte ontológica" quando torna-se Algo. Mas a caminho ou em meio ao Inevitável, são as questões existenciais que acabam por chamar para si mais atenção que a estrela do palco, a morte.
No barril de restos humanos, o Inevitável é atraído pelo cheiro de maçãs. Mas onde há morte, há morte e isso daria por encerrada a questão se, em determinadas situações geradas e conduzidas pelo homem, o inevitável não fosse apenas esperado, como suspicazmente determinado.
Ó
morte
Ó
morte
Ó
morte
Porque
não me poupas só mais um ano?
Mas
o que é isto que não consigo ver
Com
mãos frias como gelo a envolver-me?
Quando
Deus desaparece e o Diabo toma a poder
Quem
terá piedade da tua alma?
Ó
morte
Ó
morte
Ó
morte
Ó
morte
Nem
riqueza, nem ruína, nem prata, nem ouro
Nada
me satisfaz a não ser a tua alma
Ó
morte
Eu
sou a morte, ninguém pode escapar
Abrirei
a porta para o Céu ou o Inferno
Ó
morte
Ó
morte
O
meu nome é morte e chegou o fim
("O
Death")
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